Datas comemorativas são sempre bons temas para conversar na roda de formação, nas escolas de educação infantil. Muitas ideias, colagens, desenhos para pintura e aquelas frases bem criativas: "feliz ..."
Na Páscoa, coelhinhos orelhudos dividem espaço com ovos de chocolate e musiquinhas com gestos de pular pra cá e pra lá. Maravilha, semana de festa e alegria, como deveria ser todo dia numa escola de crianças. Mas eu me incomodo um pouco com a repetição - ela aliena!
A práxis pedagógica, tão enfatizada por Paulo Freire, nos diz que viver é pensar, é imbuir de sentido o cotidiano. Se acreditamos numa criança viva, criativa, investigadora, por que não rever a seleção de conteúdos realizada para e com as crianças? Por que não questionar com elas a história do excesso de chocolates?
Páscoa é vida! É tempo de aprender e a vivenciar a solidariedade, a partilha, a alegria, o estar vivo. Sentimentos e valores que trazem para a escola um universo de oportunidades criadoras e criativas para trabalhar com as crianças - com novas músicas, outras danças, mais teatros, desenhos inovadores, pinturas criativas, conversas "cabeça".
A criança não precisa ficar repetindo os olhos vermelhos e pelo branquinho, para aprender cores, melodias, ou mesmo, e pior, para passar o tempo. Elas tem um jeito mais imaginativo e encantado de explorar as situações e o mundo, elas nos ensinam isso, se deixarmos. Assim, teremos maneiras diferentes e inovadoras de lidar com a Páscoa. E viva os indiozinhos no dia 19!

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